Oi gente, Boa Tarde!
Mil anos depois eu volto, isso acontece, sempre acontece, eu sempre volto!
Mas vamos lá, eu não gosto muito de me manisfestar através de redes sociais, por alguns motivos, o primeiro é que gente burra fica mais concentrada por lá do que por outros canais, e junto com gente burra vem comentários desnecessários que eu tenho preguiça de responder, mas fico com raiva por não responder.
Acredito que o publico que lê blogs em geral tem outro senso critico, e acredito que o leitor do meu blog em especial já esteja acostumado com o meu pensamento em relação a assuntos polêmicos.
Essa eu até ia deixar passar, mas não dá pra não falar nada, não dá para ignorar e não expressar a minha opinião, então resolve escrever aqui.
Vamos lá, é sobre a decisão acertada do STF em relação ao aborto até o terceiro mês não ser crime.
A minha opinião pura e simples:
Fui criada em lar e família espirita, com forte doutrina católica, passando um breve intervalo de tempo na igreja evangélica e com alguns conhecimentos do Budismo, logo não tem como dizer que não tenho doutrina religiosa na minha vida.
Quando eu era bem nova, nova mesmo, uns 10 anos, a minha madrinha estava lendo um livro que abordava o aborto pela visão espirita, que nós temos como religião principal na minha família, seja na umbanda ou na mesa branca, e me contou algumas coisas e eu sempre fui uma leitora voraz e curiosa e pedi para que ela me emprestasse o livro, ela sabiamente não me emprestou, disse que não era conteúdo pra eu ter contato naquela época e que com o passar dos anos eu leria, pois bem eu li, com uns 13 ou 14 anos, como a doutrina espirita na minha vida é muito forte eu já tinha a concepção de que o aborto era algo errado a se fazer ESPIRITUALMENTE, e depois de ler esse livro, que me impressionou e me impressiona até hoje eu só tive mais certeza que jamais faria.
Ok, opinião formada sobre o assunto e meu corpo aos 14 anos, está certo.
Quanto a questão politica isso pouco me interessava, eu era uma menina, na escola, curtindo meus amigos e família, isso não me interessava, até que um belo dia, uma professora muito sábia, hoje minha amiga, Professora Denise, de história, entrou na minha sala de aula no 2º colegial e disse: "Essa é uma sala de secretariado, vocês são todas moças bonitas e bem informadas e faremos um debate com um assunto polemico, para que vocês desenvolvam o senso critico!" Lindo!!! Qual o assunto? Aborto!
Nos passou então algumas informações, por cima, pediu para que pesquisássemos mais, conversássemos com quem achássemos que fosse necessário e nos deu um prazo para o debate ocorrer. Bingo! Cai na parte politica do negocio, na parte de saúde publica, onde realmente as coisas precisam ser melhor expostas e apresentadas, cheguei em fóruns de discussões de mulheres que fizeram o procedimento, e me deparei com a triste realidade, a parte ESPIRITUAL da coisa não existe, existe uma coisa muito pior. que precisa ser melhorada, a saúde das mulheres, a vida das mulheres.
Minha mãe sofreu por dois abortos espontâneos, então pude ver de perto o quão devastador esse procedimento é para a vida de uma mulher, de sua família, o quão psicologicamente isso afeta uma vida, e ao conversar com essas mulheres dos fóruns vi que isso não ocorre somente nos casos de espontaneidade, ocorre no procedimento que é realizado por opção delas, ou não.
Então no meu segundo ano do colegial, com meus 15 para 16 anos já tinha a minha posição politica em relação a esse assunto, é necessário a legalização do procedimento, em prol da saúde física e mental da mulher.
Hoje eu li alguns artigos, muito sensatos sobre o assunto, e cheguei alguns dados, a cada 2 dias 1 mulher morre por conta de aborto feito na ilegalidade dessas clinicas de procedência duvidosa, e que em media são feitos 1 milhão de aborto por ano. UAU!!!
Sabe eu acredito que ainda estamos muito longe do que realmente tem que acontecer, que é a mulher ter a confirmação de que está gravida e ir procurar o sistema de saúde, seja ele publico ou privado, e poder ter acompanhamento decente com um bom médico para realizar o procedimento e um acompanhamento psicologico com bons profissionais, antes e depois do procedimento realizado. Porque antes? Porque as vezes a "mulher" tomou a decisão de fazer o aborto no desespero, no medo, e se tiver alguém pra orientar. mostrar como as coisas podem ser com o bebê ela poder mudar de opinião. e depois porque é certamente um procedimento que deixará sequelas mentais eternas na vida daquela mulher.
Hoje eu tenho 26 anos, uma filha de 7 anos, sou casada, não com o pai dela, vivo uma vida tranquila com ela, graças a minha familia, o pai dela e meu marido que nunca me abandonaram em momento algum, sendo assim leve a minha missão como mãe, ser mãe não é facil, não é mesmo, mas é muito pior quando se está sozinha.
Eu nunca faria um aborto, pela minha posição, minha criação e minhas crenças, mas eu legalizaria, em prol da saúde desse 1 milhão de mulheres que passam por esse procedimento todos os anos e para as quase 200 que morrem por ano, após o procedimento.
Por hoje é só.
Até o proximo desabafo
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Bejuuus Gih Oneda*